Rio Ônibus

Onibus
Não tenho muito prazer em falar sobre eles mas reclamar pode ajudar
Considero as tarifas altíssimas, serviço ruim, principalmente noite e madrugada onde eles desaparecem e te forçam a usar táxi
O ar condicionado não está pleno, infelizmente os motoristas e cobradores são sujeitados muitas vezes a irem no seu limite psicológico, é altamente estressante ir de passageiro imagina ser funcionário
Espero que um dia seja melhor

O Rio Ônibus é o sindicato que representa os quatro consórcios que operam os serviços de transporte municipal de passageiros na cidade do Rio de Janeiro. Não estou avaliando o trabalho deles da perspectiva do cooperado, mas sim de uma usuária do transporte coletivo por aqui. Logo que me mudei para o Rio, lembro de ter ficado surpresa com a quantidade de ônibus circulando nas ruas — raramente eu precisava esperar muito tempo no ponto. Aos poucos, fui ententendo que isso se devia ao fato de que, morando em Copacabana, eu estava em posição privilegiada, visto que muitas linhas passam pelo bairro diariamente. Quem mora em outras regiões sofre muito mais com atrasos e, principalmente, com o enorme número de motoristas que não param no ponto mesmo quando há um passageiro dando sinal.
Minha boa impressão com o sistema durou pouquíssimo tempo: logo fui percebendo que há um sério problema em relação ao treinamento dos motoristas e à qualidade das frotas, que até pouquíssimo tempo não tinham ar condicionado, mesmo com o calor escaldante que faz no Rio durante o verão. Além disso, já perdi a conta de quantas vezes tive que rezar no banco do passageiro, torcendo para que um acidente não acontecesse, visto que muitos motoristas dirigem em velocidades absurdas e de forma totalmente imprudente. Sem contar que a gente cansa de ver o noticiário contando histórias malucas, de motoristas que andam armados aos que descem do veículo para brigar no trânsito.
No meu caso, já passei por situações cômicas, como a vez em que o motorista estacionou o ônibus no meio da avenida e pediu uma licencinha aos passageiros, pois precisava resolver uma questão pessoal. Desceu do veículo, encaminhou-​se a um restaurante, onde ficou cerca de uns 10 minutos batendo papo, e só depois voltou a dirigir. Já morei na Turquia, onde os motoristas tinham o asqueroso hábito de fumar na janela enquanto dirigiam, mas essa de «paradinha para resolver problema pessoal» só encontrei no Rio mesmo.
Há de se dizer que tanto motoristas quanto cobradores merecem salários maiores, pois não é possível cobrar qualidade se quem faz um trabalho difícil e arriscado como esse não é remunerado adequadamente. A prefeitura vem anunciando reformas no sistema que prometem torná-​lo mais eficaz, mas eu tenho lá minhas dúvidas. É ver pra crer, e enquanto isso, não sair de casa sem um amuleto da sorte!