O Dona Mariquita é mais um daqueles restaurantes discretos que, de fora, você não dá nada, mas ao ouvir falar tão bem, resolve dar uma chance e se pergunta como não descobriu aquele tesouro bem no meio da sua cidade antes. Pra começar, o ambiente é muito legal, dividido em dois espaços: o externo remete à uma casa de taipa do sertão nordestino, com as paredes terrosas e as mesas em madeira de demolição. O interno, climatizado, é mais discreto e com elementos lembrando a temática marítima. Ambos são semelhantes na questão de serem muito agradáveis, com mesas espaçadas suficientemente, o que não torna a experiência desconfortável nem quando a casa está cheia(o que frequentemente acontece). O atendimento é excelente, sempre muito solícito e disposto a esclarecer dúvidas sobre o cardápio. Então vem a parte da comida, que, pra utilizar uma expressão condizente com a temática do restaurante, arrebenta a boca do balão. O cardápio é constituído de releituras de vários pratos típicos da Bahia, do sertão ao litoral, de carne seca na moranga(excelente!) até as moquecas(divinas) de todos os tipos, passando por arroz de hauçá(com camarões e charque, combinação aparentemente estranha mas deliciosa) e batidas de todos os tipos(quem provou, adorou). Não tenho outra maneira de dizer isso: tudo o que provei no Dona Mariquita estava simplesmente excelente. As únicas críticas que eu posso fazer são os preços deveras salgados(embora eu pessoalmente pense que vale a pena) e a localização, numa ruela estreita, difícil de estacionar e cheia de flanelinhas. Mas tirando isso, é uma experiência gastronômica que eu considero de primeira.
Cainã M.
Rating des Ortes: 5 Salvador - BA
Excelente restaurante para se comer comidas típicas e regionais. Possui um ambiente muito aconchegante e informal sem perder a classe e o requinte! A feijoada é muito saborosa, e vale a pena experimentar a torta búlgara para sobremesa!
Ceci A.
Rating des Ortes: 5 Salvador - BA
Este é o restaurante de comidas pesadas mais fino de Salvador. Com ares de fancy restaurant, o Dona Mariquita prioriza servir uma comida regional daquelas que se vende nos mercados populares, mas de uma forma inventiva e fiel às tradições. Tudo culpa da dona do estabelecimento, Leila Carreiro, que cuida de perto de cada detalhe, desde a escolha dos itens do cardápio até a compra dos ingredientes e a decoração rebuscada e rústica do local, tudo passa por ela que ainda, incansável, todos os dias está no salão, distribuindo simpatia e chamando cada um dos clientes pelo nome. São muitos os diferenciais do lugar: desde as de-li-cio-sas batidas de Diolino — que está no ramo desde 1967 -, até pratos curiosos do cardápio, como a Moqueca de Feijão, mistura especial de dendê com a iguaria brasileira mais famosa de norte a sul; ou os tradicionais quitutes servidos no Recôncavo Baiano, como a Maniçoba. As sobremesas também são um capítulo a parte, de lamber os beiços. Atenção para o pudim de tapioca com coco e calda de rapadura ou a Bob Leal, que trata-se de sorvete de coco verde com doce em compota de goiaba. São sabores perdidos da Bahia que Leila quer resgatar em seu restaurante nada barato: quatro pessoas gastam fácil R$ 130 numa empreitada gastronômica por lá. Mas, a ida vale cada centavo.