Primeiro, tenho que tentar apresentar em poucas palavras, se isso é possível, quem é Jayme Fygura, ele é um artista plástico que veste umas roupas de couro, com«pedaços» de metal, arame e faz de si próprio sua obra de arte ambulante, embora ele também pinte quadros e faça outros tipos de arte, quem anda pelo centro da cidade já o vi andando sob o sol escaldante da Bahia com sua indumentária exótica. Eu conheci-o no começo dos anos 90, ele nem tinha esse visual todo, ele usava um chapelão preto, uma capa preta, uma máscara tipo de zorro preta, aliás, tava todo de preto, da cor da pele, aos cabelos, calça, sapatos, camisa de manga comprida, estava tomando um coco, ou água, ou comendo alguma coisa numa barraquinha na Barão de Cotegipe, perto da escola Castro Alves, nunca me esqueço dessa cena, aquilo me «chocou», no bom sentido, fiquei chapado com a presença do cabra, deve ter sido em 1993… no máximo 1994. A galeria em sua homenagem, não poderia ser diferente, ela fica na parte da entrada do Teatro Gamboa, na «sala de espera», «desce» as paredes da escada(ou sobe, depende de sua perspectiva) e continua na parte de baixo do Teatro, é realmente peculiar, acho que a única no estilo de Salvador, nunca vi nada parecido, é um «caos» no «bom» sentido. Muita gente não sabe, mas a galeria pode ser visitada independente de haver espetáculo ou não. A galeria abre às 14 horas(veja a tabela dos horários ao lado), você pode visitar e ficar«viajando» nas exposições, uma funcionária do local disse-me que de 15 em 15 dias, troca de exposição, mas pode demorar mais dependendo do acordo com o artista que vai expor, se for de 15 em 15, além de peculiar, é uma galeria com uma rotatividade incrível, a que está rolando agora tem até peças a venda e muitas já foram vendidas. Visite o local, é massa(como dizemos aqui em Salvador).