Sebo Brandão

Bom, sem sombra de dúvidas é o maior sebo de Salvador, com uma quantidade enorme de livros (muitos livros raros e raríssimos), é tão famoso que abriu uma filial em São Paulo.
Tenho alguns problemas, primeiro acho caro, toda vez que eu vou lá, tenho que saber o valor do livro, porque senão passam a perna, quando eu ia, muitos vendedores não sacavam o que eu procurava, não conheciam muito de livros, há histórias do dono, ou um dos donos, comprar bibliotecas inteiras por tipo 500 reais, sabendo que ali no meio, só um livro pode falar o triplo do preço em que ele pagou, muitos dos donos dessas bibliotecas morreram e os filhos ou viúva querem «se livrar» e ele vai lá e aproveita.
Já ouvi muita gente falar isso, inclusive amigos.
Já aconteceu dele me cobrar 70 pilas num livro que na internet achei por 12, embora o livro depois virasse uma raridade, aliás nenhum vendedor conhecia o autor que eu procurava, creio que foi o próprio Brandão que me atendeu, ele conhecia.
Não, sei, na época em que o Sebo Berinjela abriu em Salvador, muita gente, assim como eu, deixou de ir em Brandão e preferia o atendimento da Berinjela.
Nunca gostei de ir lá, sempre fico com um pé atrás por conta de minhas péssimas experiências, quase nunca vou lá, só em último caso.
Ainda mais que agora compro pelo site da Estante Virtual.
Muitos amigos e amigas praticamente não vão lá, ou assim como eu, vai em último caso e olha que eu AMO livrarias e sebos e o Brandão é um sebo grande, que dá vontade de ficar lá dentro pelo enorme acervo, vou dar 3 estrelas por conta disso, mas é um local que infelizmente não me sinto a vontade de ir e nem as pessoas que eu conheço.
E olha que eu sou rato de sebo!!!
Então antes de ir lá, procure o preço do livro, fale o preço da internet, porque o próprio sebo tem perfil no Estante Virtual, porque senão vão te dar um preço maior, claro que sempre o preço da internet é menor, por diversos casos, mas nunca o dobro do preço ou o triplo. Muitas vezes um livro custaria 10 reais em outro sebo e eles querem cobrar, 15, 20, ou mais.
Fique esperto.

Sempre passo por este Sebo na ida ao trabalho e nunca havia entrado. Quando resolvi observar de perto me surpreendi. A livraria deve ter mais de 10.000 exemplares, o maior sebo que já vi em Salvador. O dono é um idoso muito simpático que sabe a localização de cada livro. Para quem curte a leitura de clássicos e relíquias não pode deixar de visitar. Vi livros de 1 real e outros de 500 reais. São temas variados, todas as áreas que compõem as grandes livrarias, com a diferença de que são livros usados, em sua maioria. Para quem tem muitos livros em casa e não sabe o que fazer com eles, podem doar a este sebo, que a depender do estado, eles recebem. Agora que conheci serei cliente fiel!

Gente, o Sebo Brandão além de MARAVILHOSO é enorme… Tanto eu quanto eles (rs) acreditamos ser o maior sebo de Salvador! Contando com dois pisos — amplos e de igual tamanho — o sebo é referência para aqueles que buscam raridades… Além dos tradicionais, há prateleiras sobre a cultura popular, Diário Oficial da Bahia, coleção do Sítio do Pica Pau Amarelo, coleções de artes plásticas, sessões exclusivas de esportes, medicina e transportes, folclore… Enfim, uma infinidade de materiais para consultas e, em especial, para aqueles que buscam referências bibliográficas para qualquer trabalho de pesquisa mais aprofundada.
Além disso, o dono do sebo, ‘Seu’ Brandão, é uma pessoa única, que adora falar sobre seu trabalho. Um papo com ele sempre é uma cachaça e não há como sair dele sem nenhum aprendizado! Pernambucano de nascença, seu Brandão acredita ser o primeiro proprietário de sebos que começou a usar a palavra para indicar local de venda de livros usados… E como não poderia deixar de ser, explicou toda a história destes cantinhos de riquezas através da etimologia da palavra, que vem dos livros carregados pelos estudantes nas mãos, deixando excesso de gordura nas lombadas — o sebo.
Enfim, uma ida ao Sebo Brandão é sempre um momento agradável de aprendizado e de descobertas de raridades e relíquias, de registros históricos à produção literária nacional e internacional! Lógico, também com mais de 45 anos de funcionamento, não poderíamos esperar menos!