Faz muito tempo desde a primeira vez que eu vim aqui. Foi encantamento a primeira vista. Tive a oportunidade de conhecer Peu Meurray, idealizador do espaço. Talvez, sem isso, eu nunca tivesse compreendido esta proposta em sua totalidade… Sem contar a riqueza e a experiencia musical deste, que é um músico respeitado internacionalmente e de quem eu sou fã declarada. E com muita razão. Peu deveria ser patrimônio histórico, de tao singular que é… Exageros à parte, o artista veio com uma proposta única e inovadora que mistura e externa, num mesmo ambiente, toda a arte que ele incorpora em si. As paredes estão cobertas por obras de arte feitas a partir de lixo reciclado: criações do artista. Lembro-me de me divertir com a descrição do banheiro feminino, que tinha na porta uma plaquinha informando: «beco do caga osso». Eu nunca tinha visto nada tão original em Salvador! Na parte interna, muitas outras coisas me chamavam atenção e faziam meus olhos dançar pelo ambiente… Por exemplo, o estúdio que dividia espaço com o público… O mesmo público que assistia às gravações e ao show simultaneamente. Os convidados são os mais variados possíveis e contemplam diversos estilos e sons, daqui e de fora. A tipica mistura baiana, num formato ingenuamente mais requintado. Entretanto, para mim, nada se iguala a emoção de ver os músicos correr no meio do público rodando e tocando, literalmente, os seus pneus gigantes que lhe servem de instrumentos musicais… «Pneumaticos, Pneumatizando»! Muito massa ! Tudo no Galpão canta. E encanta. Poucos(re) conhecem este rico espaço cultural… Tão rico, Tão cheio de arte… Tão cheio de assunto ! Quem nao conhece, a hora é essa!