Praça do Ciclista

Essa praça é ponto de encontro antigo dos usuários da magrela em São Paulo. Hoje ela estava especialmente movimentada. Não era dia de manifestação, decoração e festa de Natal/​Ano Novo e nem de parada LGBT. A Avenida Paulista foi fechada para a inauguração da tão controversa ciclofaixa após 6 meses de obras. Os carros, motos e ônibus deram lugar a bicicletas e pedestres que tomaram as duas faixas da avenida de ponta a ponta. Famílias com suas crianças, casais, jovens, idosos e eu viemos celebrar a iniciativa da cidade em estimular um meio de locomoção saudável, limpo que é uma alternativa sustentável para um megalópole como São Paulo que tanto sofre com o caótico tráfego de carros.
Uma praça e um marco e tanto!

Quando foi oficialmente rebatizada como Praça do Ciclista, esse endereço emblemático da cidade, na esquina entre a Paulista e a Consolação, mostrou que toda a luta do cicloativismo é válida. É o ponto de partida de passeios de diferentes grupos. No primeiro domingo do mês, reune-​se o pessoal que cuida da horta coletiva que foi instalada ali no meio. Dali parte também a Naked Bike Ride (aqui chamada de Pedalada Pelada), que ocorre anualmente sem data fixa e agrega cicloativistas corajosos que saem nus evidenciando a fragilidade dos que usam a bike como veículo — como regulamenta o Código de Trânsito Brasileiro. A grande celebração acontece nas últimas sextas-​feiras do mês, num evento que ocorre em sincronia com diversas cidades mundo afora: a Bicicletada — Massa Crítica. A partir das 18h o pessoal começa a se concentrar para partir às 20h e percorrer em ritmo de passeio trajetos que duram em média duas horas. Não há liderança e todos são bem vindos, os mais experientes cuidam do bloqueio de ruas e fechamento do pelotão. É uma ótima experiência para perder o medo de andar no trânsito e até gostar mais de uma metrópole caótica.

Como o nome já diz, é o ponto de encontro dos ciclistas da cidade. Passo por lá todos os dias e, no começo, me espantava com a quantidade de ciclistas reunidos na sexta-​feira à noite, porque não sabia exatamente o que estava acontecendo ali. Hoje tem um significado diferente passar ali e ver toda essa galera reunida, é bonito de se ver.