Pretendendo evocar a estilística e charme das antigas casas portuguesas ou de escondidos salões de chá da baixa Lisboeta, o à Portuguesa, localizado junto ao Tejo e com privilegiada vista para a capital, é um dos melhores establecimentos do género. Conforme pode ser verificado ao entrar, tudo n’a Portuguesa é bem português, desde as marcas de refrigerante vendidas à música que passa no establecimento. Apesar da descrição parecer datada, quiçá até antiquada, o espaço apresenta um ambiente muito jovem: a maior parte dos clientes, bem como o próprio staff, são jovens adultos. A decoração é também única, bem como a disposição das salas: além da esplanada exterior e do salão do balcão, existe um quarto, uma sala devidamente e intelectualmente mobilada(sem esquecer o inevitável menino da lágrima), e até uma cozinha; todas a divisões, claro está, utilizáveis pelos clientes. As escolhas musicais, apesar de caírem unicamente em bandas portuguesas, são ecléticas o suficiente para não ter medo de oscilar entre o fado e o indie, sendo usualmente calmas e num volume agradável(excepção feita para alguns sábados à noite em que a selecção se torna um pouco mais duvidosa). Em suma, este establecimento atinge plenamente o conceito a que se dedica, e, apesar de ficar na outra margem do rio, rivaliza sem dificuldade com a maior parte dos locais semelhantes da capital. Muito recomendado.
Mafalda O.
Rating des Ortes: 5 Lisbon, Portugal
O Bar à_Portuguesa fica no Barreiro e é uma excelente razão para atravessar aquele grande rio Tejo. Imagine-se uma casa, com uma ampla entrada(área que não introduz muita novidade, mas repare-se que a decoração é 100% de produtos nacionais e tudo o que aqui se vende é «nosso». por isso esqueçam as Coca-Colas, por exemplo), e neste espaço de entrada localiza-se também o spot do DJ que dali anima ao vivo a casa inteira. Segue-se um pequeno corredor e podemos entrar directamente num pátio interior com três mesas ao ar livre que é perfeito para fumadores em noites abafadinhas; ou, então, andar mais dois passos para entrar num quarto(com mesas de cabeceira que não são são mesas mas sim gavetas pregadas na parede e com candeeiros por cima), ali podemos encostar-nos na cabeceira da cama ou no fundo de cama(nas paredes opostas do quarto), e é claro que colchão nem vê-lo mas no lugar do estrado há um tapete com puffs em cima. Atenção que as mesinhas pretas(ikea) não são para nos sentarmos nelas… Continuando a explorar-se a casa, existe em frente ao quarto uma grande sala de estar e mais à frente é a cozinha. Cada um dos compartimentos é um espaço de lazer intimista e desigual. A decoração é do tempo dos avós mas a música não. E para beber há de tudo, desde minis, médias, e recomendo o copo de sangria de frutos vermelhos. O staff é simpático e na altura de fecharem as portas«expulsam» os clientes com muita paciência… A esplanada do lado da Avenida tem como papel de parede a larga faixa do rio e uma Lisboa estendida a todo o comprimento. Conceito muito giro para trazer para a margem norte deixando só a paisagem no lugar a que ela pertence. Óptimo para grupos; e, de resto, entre amigos, estamos sempre em casa. (Para espreitar melhor: )