Beira Gare

Beira Gare, c’est l’ultime expérience «no frills» à Lisbonne. J’y vais depuis très longtemps et rien n’a vraiment changé depuis, mis à part une mise à niveau de l’intérieur, un chouïa plus moderne. Les spécialités? Les «fritos», à savoir toutes sortes de croquettes (essayez les chamuças) et les fameuses bifanas, sandwichs de sauté de porc au vin blanc… Pour la moitié du prix d’un McDonald’s vous vous retrouvez calé et abreuvé. Si vous voulez vous la jouer «real deal», faites les puristes et mangez au balcon. Encore moins cher, et ambiance assurée! A noter que d’autres plats plus copieux et complets sont disponibles.

Beira Gare, or Café Beira Gare, needs no advertising. If you use the city’s main train station at Rossio, walking along Avenida da Libertade between Praca Dom Pedro IV and Praca dos Restauradores, you can’t help but see this place. It sits on an almost triangular corner to the left of the Rossio train station’s entrance.
About two streets over, at Rua das Portas de Santo Antao, is «restaurant row.» All of the restaurants have someone outside shoving menus at you. And rather than flip pages trying to land on your language via the flags on the pages, they preselect what you are. Thus far, I’ve gotten 60: 30: 10, as in Brit: French: German on that street, none of which are accurate. Those restaurants can be hit or miss, too.
Instead, Café Beira Gare is the real deal. There’s no sales pitch. Local waiters dressed in utilitarian black pants and white shirts with their sleeves rolled up are quick to take your order and bring you your food. Locals and tourists alike fill every seat in this place, seemingly at all hours. Their English isn’t the greatest, but by pointing and using their hands, everyone seems to have food on their tables.
The food is simple and tasty, and the portions are filling. Again, the assortment of food you can have is extensive. If you don’t believe me, just look at their menu and photos of dishes tacked onto their windows. They serve good fish dishes, even though I saw chicken, meat, and omelets on the menu and at other tables. The dishes come with potatoes and salad, as well as a bread basket. At the end, you can order dessert. I find it’s best to order both a glass of natural water (sem gas) and a soft drink, and nurse them both to last through the meal. The prices are less than over at Rua das Portas de Santo Antao and they take plastic.
Café Beira Gare’s appeal and charm are that it’s no nonsense, earthy (not in a granola sort of way — remember, it’s Portugal), authentic, and it serves up platters of good food for fair prices.

O Beira Gare é mesmo como uma gare, um entra e sai de gente, acotovelamentos ao balcão, bifanas em modo contínuo e um batalhão de empregados a atenderem eficientemente toda a gente. Dizem de facto que tem as melhores bifanas de Lisboa, mas eu nunca provei, vou sempre para a sandes de filete de bacalhau, que não sei que lhe fazem mas está sempre macio e suculento. Para os apreciadores de salgados e fritos, aqui estão no quase céu. Pode-​se pedir por 19,00 euros um prato com um exemplar de cada, nada mau para um petisco com um amigo, uma solução que cai sempre bem. Também servem refeições e sumos de laranja natural, pois nem só de gordura se pode sobreviver todos os dias.

Se é verdade que as bifanas de Vendas Novas têm justa fama, também é verdade, verdadinha, que o sítio em Lisboa onde se comem as melhores bifanas é no Café Beira Gare ou, para os entendidos, o café da esquina em frente à estação de comboios do Rossio. Proponho já aqui um desafio: tentem comer apenas uma bifana destas. Não vão conseguir.
Normalmente o que acontece, enquanto devoramos a primeira bifana, acompanhada pelas batatas fritas caseiras e empurrada pela cerveja sempre no ponto, é já estarmos a pedir mais uma destas carcaças recheadas de bocados de carne macia, colados por um molho viciante. A minha teoria para explicar o nível de qualidade deste tempero é que a frigideira nunca deve ter sido lavada. Ano após ano, o entra e sai da sertã imprime um sábio e crescente sabor às bifanas da Beira Gare. O Anthony Bourdain iria, certamente, concordar se tivesse provado estas «típicas bifanas de Portugal».
Mas atenção: se pensarem em comer um prato típico português, este não é o sítio mais indicado. Os turistas, deslumbrados e ainda meio zonzos do jet lag, entram ali e pensam que vão apreciar bons exemplares da cozinha portuguesa, mas não é bem assim. No geral, as refeições de prato no café da Beira, deixam sempre um bocado a desejar, seja pela poupança extrema de guarnição, seja pelo peixe congelado e mal grelhado. Bom, bom, é mesma a bifana!

Há quem diga que é onde se comem as melhores bifanas de Lisboa. A afirmação vale o que vale mas é sem dúvida um dos ex libris lisboetas no que toca à comida frita. As bifanas são realmente boas mas o choco frito e os pastéis de bacalhau não lhe ficam nada atrás.
É um lugar despretensioso e sem peneiras, onde quem entra sabe para o que vai: petiscos na sua forma mais calórica. Os empregados são animados e muito eficientes e nunca abrandam o ritmo. Do balcão podemos ver a frigideira a trabalhar — onde a magia acontece. É tudo feito na hora e num ritmo alucinante. Não se assustem se virem o cozinheiro a medir banha de porco, qualquer apreciador de bifanas sabe que é esse o truque para obter uma boa sandes de febra. É o típico lugar de passagem para quem não tem muito tempo a perder e gosta de ter o estômago bem «forrado». Um sítio para passar várias vezes, claro está. Tem lugares sentados mas a verdadeira experiência é ao balcão. Em pé, entre imperiais e sandes de fritos, ouvimos «bocas», piadas e histórias, sabedoria popular intercalada com pedidos gritados ao cozinheiro.
Bastante conhecido dos alfacinhas, não deixa por isso de merecer destaque. Pitoresco e saboroso, mesmo em frente à estação de comboios do Rossio.