Biblioteca Quiosque Jardim da Estrela

Foi com surpresa e admiração que descobri este quiosque numa das primeiras vezes que fiz um passeio no Jardim da Estrela.
Fiquei curioso com a quantidade de pessoas de alguma idade que ali estavam a ler jornal e fui ver o que se tratava. Jornais, revistas, livros para crianças e livros de outros géneros, todos de leitura gratuita. Sabe bem ir lá num daqueles dias agradáveis de sol e sentar a ler o jornal numa sombra deste magnífico jardim.
E dou os meus parabéns pela iniciativa, sobretudo tendo em conta o acesso que permite a pessoas de idade e com poucos recursos de ler e recolher informação.

Acho que ainda não sabia ler quando vi esta biblioteca pela primeira vez. Quando vinha a Lisboa a minha avó levava-​me a brincar no Jardim da Estrela e lembro-​me de fazer questão de «ver os patinhos» e «os livros». Na altura apenas via uns senhores de já alguma idade a ler o jornal, sentados nas cadeiras nesta agradável parque. Durante uns bons anos não voltei lá e, quando voltei, já sabia ler e comecei a tentar apanhar esta biblioteca aberta para desfrutar eu da minha leitura sob a sombra das árvores deste refugio Lisboeta.

Para mim tudo o que promova a democratização da cultura e o acesso à informação deve ser aplaudido. A Biblioteca-​Quiosque não só o faz como ainda permite que a leitura e o conhecimento sejam adquiridos num dos mais bonitos jardins de Lisboa. Esta biblioteca ocupa o pequeno espaço de um típico quiosque lisboeta e faz parte da rede municipal. Aqui podemos encontrar diversos jornais diários, semanários e revistas, assim como livros (ficção, história, romances, infanto-​juvenis,…) que podemos requisitar (para tal é necessário o cartão das bibliotecas da Lisboa, que é gratuito) ou ler numa das mesas ou num dos banquinho de jardim que se encontram à volta do quiosque. Estando bom tempo os jornais são muito procurados, principalmente por pessoas mais velhas que encontram assim uma forma agradável de conviver e passar a tarde. Só tenho pena que não esteja aberto ao domingo, que é quando vou mais até ao jardim, mas já passei ali umas agradáveis horas a recordar a «Aparição» do Vergílio Ferreira.
(De 1 de Outubro a 30 de Abril a Biblioteca encerra às 17h)