Matilde

Ainda me lembro quando era café com ar de pastelaria, aberto e com gente sentada pela noite fora, e qual não foi a minha surpresa quando cá voltei para ver tudo renovado com linhas modernas e pouco ou nada mais que um balcão. Os preços são super baratos, os mais baratos da esquina gay do bairro, onde está, e é concorridíssimo em qualquer noite. Caipirinhas e cervejas de qualquer tamanho fazem as delícias dos que se juntam todos à esquina, mas não tocam concertina, muito menos dançam o solidó.

Imaginem um café de bairro aberto à noite no meio do rebuliço do bairro alto. Destoava completamente de tudo o resto, mas a localização e sobretudo as bebidas baratas tornavam-​no popular. Hoje só o nome destoa um bocado, digamos que Matilde ainda soa à antiga mercearia/​pastelaria que foi outrora, no entanto, está ajustado, pois a Matilde ainda lá está a dirigir o agora bar. Um amigo aqui do bairro trabalhou lá uns tempos e às vezes eu aparecia por lá para o cumprimentar. Depois da remodelação, também já lá fui e parece que os preços das bebidas continuam o atractivo do local.

No bairro alto para um estabelecimento ter sucesso tem de ter pelo menos uma de 3 coisas. Bebidas baratas (que não é propriamente o caso), espaço para dançar e boa música (que não é de todo o caso), e bebidas bem servidas e bom atendimento (ah, aqui sim).
Esquisito como sou entrei e pedi o meu Mojito, mas com Gin em vez de Rum, porque é melhor e porque eu sou assim e porque sou eu que pago. O meu desejo foi uma ordem e a barmaid ainda elogiou o meu pedido!