Tasca da Rosa

Quantas vezes não parei eu na Tasca da Rosa para me sentar ao balcão e pedir uma bifana e uma imperial… Traz-​me muitas saudades recordar esses tempos de faculdade, em que vinha jantar com os amigos qualquer coisa rápida para irmos sair de seguida. O espaço é pequeno, como uma verdadeira tasca, e, sim, cheira um pouco a panos pouco lavados. Mas se não pensarmos muito nisso, conseguimos saborear os bons grelhados que fazem aqui, tanto de peixe, como de carne, que vêm com a habitual guarnição de legumes e batatas.

A Tasca da Rosa é o que mostra no nome: uma tasca. E se hoje está na moda por Lisboa chamar tasca a tudo quanto abre de novo na restauração, na Tasca da Rosa não corremos o risco de nos depararmos com Jaquizinhos de fusão ou Gin com cardamomo em copos de 3. É tasca tasca, daquelas que nos recordam as tascas da infância onde os avós bebiam um copo ao balcão ao fim da tarde.
Por aqui também se pode beber um copo ao balcão mas não é o que cá me traz. Na Tasca da Rosa comem-​se bons grelhados, peixe e carne, feitos na brasa de um grelhador artesanal que se coloca no passeio junto a porta com lume acesso a partir das onze da manhã.
Não se espere uma dourada de alto mar, daquelas com meio quilo mas, posso dizer-​vos que a ultima que lá comi era bem saborosa, grelhada ao ponto certo e com legumes cozidos a acompanhar. Como disse, é o que é.
Com o café, perguntem ao Sr. Fernando se há bolos em fatia. Se houver, provem que valem a pena.