Porto do Moreira

Então, fui com o convite de que teria uma excelente comida, mas além de um péssimo atendimento, a comida não me agradou muito. Fora isso, o que me deixou feliz em estar nesse lugar foi a beleza espalhada nos quadrinhos

Very good hole on the wall located in the Dois de Julho area (city centre).
I went on a Saturday for lunch and it was filled with locals. Service was old school but nice. They accepted credit cards.
My dish was the daily special and it costed me 28 $ (local currency). I had mocotó and also nibbled on some of the cod fish stew. All very tasty. The wine by the glass was gross though. It tasted like grape juice.
I would definitely recommend and come back when in town.

O Porto do Moreira é um restaurante estilo boteco, que me lembra em muito os tradicionais da Zona Sul do Rio de Janeiro frequentado por outro baiano: João Ubaldo Ribeiro.
Não é um local do qual se espera um ambiente arejado (é pequeno) ou requintado. Esta mais para um cantinho escolhido por intelectuais da região. Por ali passaram, para citar apenas alguns, Jorge Amado e Glauber Rocha. A decoração é bem simples, valendo-​se, no melhor estilo dos botecos bem frequentados, de recortes de jornais sobre o estabelecimento e fotos dos ilustres frequentadores. Por ali também se reúnem jornalistas e nomes da atualidade. Gosto dali justamente pela sua áurea de intelectualidade, ou seja, um bom lugar para inspirar-​se a escrever qualquer texto ou pensatas…
Já o cardápio, é um tanto diferente (rs). Exótico ao paladar tradicional, tem opções como a diferente moqueca de carne e a ‘malassada’, ou como deveria chamar-​se ‘mau — assado’. Este, no entanto, é uma carne deliciosa que não é assada, mas fritada em um punhado de temperos só feitos por bons baianos. Além deles, há outras opções também que remontam o início da história da culinária baiana que, além de ‘beber’ na fonte portuguesa, é fruto da cultura negra, que ‘inventou’ pratos — que hoje são o ‘must’ da culinária nordestina — a partir de restos da comida da Casa Grande ou das sobras. Por exemplo, a própria moqueca de feijão, que só fica boa com feijão ‘dormido’. Tudo que era reutilizado para aplacar a fome tornou-​se hoje o que entendemos ser a base da comida baiana.

Uma das casas mais tradicionais e com alguns pratos inusitados já foi citado em dezenas de livros e reportagens nacionais e de mídias diversas vindas de várias partes do mundo;
Tradicionalíssimo o restaurante serve entre algumas de suas receitas mais famosas a estranha moqueca de carne (pra mim moqueca era só de peixe) e pratos a base de bacalhau que são esperados por dezenas de clientes salivantes entre tantos ansiosos para provar pela primeira vez.
Faz parte do roteiro gastronômico de seis entre dez guias para
estrangeiros principalmente os europeus.
A história, a cultura e a política Soteropolitana pulsam e respiram vivas entre as mesas onde muitas pessoas públicas e anônimas se encontram para aproveitar dos pratos feitos pelas mesmas mão há mais de vinte anos.

Um freguês famoso, um tal de Jorge Amado, conhece?
Imortalizou o lugar em seus livros.
E Jorge é «apenas» um dos clientes famosos.
Os políticos sempre estão lá, sejam da esquerda, ou da direita.
Artistas de várias vertentes também frequentam o local.
Os donos me falaram que os pratos «carro-​chefe» da casa são mais de um:
A moqueca de carne, galinha de molho pardo, bacalhau martelo e miolo.
Preparados por Jô e Nara, que cozinham na casa há mais de 25 anos.
Aílton é um dos garçons, ele trabalha na casa há 20 anos, ou seja, há décadas o local mantém um grupo forte e unido pra manter a história viva.
Fundado por José Moreira da Silva (já falecido) há 76 anos e administrado por seus filhos há décadas é um restaurante
Comi apenas uma vez a lendária Moqueca de Carne, uma delícia por sinal, nunca havia comido uma antes, nem sabia que existia antes de ir no restaurante, mas domingo, em plena eleição baiana eu vou almoçar lá de novo, já marquei com a namorada, imagina só?
Almoçar num local histórico, em pleno alvoroço da eleição, isso promete.
Tou louco pra chegar o dia e depois contar a vocês e relembrar essa delícia de moqueca!
Um lugar clássico, daqueles únicos de Salvador, daquela Salvador que só vemos nos livros e histórias…que vem se perdendo com o passar dos anos… portanto, é bom você sempre conhecer esses lugares históricos, onde a Bahia se faz viva e presente, sentar e comer onde figuras folclóricas e importantes já estiveram.