Sunrise

É-​me extremamente difícil passar por esta loja sem entrar e, uma vez lá dentro, também é muito complicado sair sem fazer estragos na minha carteira, mas vale a pena. Os apaixonados por revistas em geral, ou por alguma temática que tenha direito a uma publicação, devem saber do que falo.
Aqui há de tudo: revistas de moda (as mainstream e as independentes), de design, de arte, de música, de cinema, revistas femininas, revistas masculinas, revistas de tatuagens, de banda-​desenhada, de costura, de ponto-​cruz, de carros, de motas, de tatuagens, de saúde, de espiritualidade e se procurarmos bem, até deve haver revistas sobre revistas. Normalmente, é aqui que vou quando procuro uma publicação mais rara, ou quando me apetece comprar uma revista das boas (é assim como comer um bom jantar num bom restaurante) e sei que aqui tenho muitas e boas opções.
Talvez o staff não seja o mais simpático, mas sabem ajudar-​nos quando é preciso e nunca aqui ouvi aquele comentário humilhante do «ó menina, se não vai comprar, não pode estar a ler as revistas!».

Esta livraria especializada em revistas é bastante grande, apesar de não parecer devido à estreita montra que tem para a avenida. Nela estão sempre revistas estrangeiras, coisas caras, provavelmente dirigidas aos inúmeros turistas que por ali passam. Nunca tinha reparado muito até que comecei a encontrar, bem entrada a noite, montes de revistas em frente da porta, empilhadas junto ao caixote do lixo ou a encher caixas de cartão velhas. A particularidade era que a todas faltava a capa. À conta disso fui trazendo todos os meses revistas muito boas, dessas caras, pois não me importava que não tivessem capa. Mas sempre achei estranho deitarem fora e rasgarem a capa, pensei que era qualquer coisa mesquinha e estúpida, para ninguém vender as revistas depois. Mas também, porque é que eles próprios não vendiam a revista mais barata, se já era do mês passado? Pouco sabia eu do negócio editorial. O mistério dissipou-​se um dia em que o dono de uma loja de revistas onde eu vou me explicou que é necessário devolver as capas dos exemplares que não se vendem à editora (para não haver mercado negro ou paralelo de revistas que não se venderam ou se venderam a preço diferente), sendo os corpos das revistas destruídos depois. Se passarem por lá à noite, geralmente nos últimos dias do mês, reparem se não há alguma boa revista de design atirada ali pelo chão, novinha mas sem capa.

A Sunrisepress é um amanhecer para o mundo da informação e conhecimento. Num local estratégico, é dos sítios onde posso encontrar, em papel, uma montra do mundo. Durante anos foi lá que encomendei a «minha» Foreign Affairs, que, agora, já não é necessário porque existem sempre alguns exemplares. Indispensável

A melhor papelaria de Lisboa!
A Sunrisepress não é daquelas livrarias que vende tabaco, isqueiros, pastilhas e tudo menos revistas. Não. Aqui há mesmo revistas… muitas revistas!
Costumo vir aqui uma vez por mês ou de dois em dois meses escolher uma daquelas revistas que não se costumam encontrar em todo o lado. E, porque não as posso comprar todas, venho aqui escolher a que mais me agrada, porque aqui tenho por onde escolher! Dentro da secção de arte têm uma série de publicações estrangeiras como a Creative Review, o British Journal of Photography, a Photo, a Frieze, a Eye, etc. Também têm uma excelente colecção de revistas de música incluíndo rock.
Resumindo, se a revista se vende em Portugal, tenho quase a certeza que posso encontrar aqui!

É das papelarias que mais gosto em Lisboa porque tem tudo aquilo que se procura num espaço destes. Aqui posso encontrar jornais e revistas de vários países e, mais importante que isso, publicações especializadas em todo o tipo de sector. Como sou grande apreciador de banda desenhada, não posso deixar de destacar também o grande leque deste tipo de publicações que aqui posso encontrar. Para coleccionadores de artigos de papelaria, de cromos e de publicações, é a papelaria perfeita. E já agora, excelente localização!